ACESSO A DIREITOS: Defensora pública ministra palestra sobre direitos de pessoas migrantes surdas
Evento ocorreu na Universidade Federal de Roraima (UFRR)
FOTO: ASCOM/DPE-RR
A Defensoria Pública possui legitimidade para trabalhar em benefício dos direitos das pessoas com deficiência, tanto no âmbito individual como no coletivo.
Em comemoração ao Dia Nacional do Migrante e Dia Mundial do Refugiado, respectivamente 19 e 20 de junho, a defensora pública Jeane Xaud, ministrou a palestra “Pessoas migrantes surdas - A Defensoria Pública como porta de acesso aos direitos”, nesta quarta-feira (19), na Universidade Federal de Roraima (UFRR).
O evento ocorreu em parceria com o Coletivo Migrantes Surdos (MigranSor) e faz parte de uma programação com diversas ações promovidas pelo programa MiSordo, com o objetivo de promover diálogos e valorizar a presença da comunidade surda venezuelana em Roraima, além de contribuir com as políticas e a visibilidade específicas no acolhimento e proteção deste grupo.
FOTO: ASCOM/DPE-RR
A Defensoria Pública possui, dentre outras funções institucionais, a defesa dos interesses individuais e coletivos da criança, do adolescente e das pessoas com deficiência, o que reafirma a afinidade entre a sua atuação e o tema da palestra.
Jeane Xaud é mestra em Sociedades e Fronteiras pela UFRR e membra do Grupo de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública de Roraima (DPE-RR). Ela se sente satisfeita e emocionada em colocar a Defensoria como porta de acesso à justiça e cidadania aos migrantes surdos.
FOTO: ASCOM/DPE-RR
“Estou muito satisfeita com o resultado do evento, com essa conexão, a parceria com a universidade, com o MiSordo, que é o Movimento de Surdos Migrantes, ouvir as demandas dessas pessoas, a dificuldade no exercício dos direitos e, principalmente, colocar a Defensoria Pública como porta de acesso a esses direitos. Foi uma troca muito rica, em vários momentos me emocionei, porque realmente nós que trabalhamos com a população migrante, sabemos o quão difícil já é, e imaginar esse difícil na vida de uma pessoa surda, migrante, é muito pior. Um movimento muito importante está sendo feito na UFRR, com várias parcerias e eu espero que outras instituições do sistema de justiça também venham até a universidade para discutir e para dar maior visibilidade a essas demandas advindas das pessoas surdas”, pontuou.
A coordenadora do Programa MiSordo, Thaisy Bentes de Souza, destaca a importância desse diálogo com a Defensoria para os organizadores do evento e para o coletivo de migrantes surdos.
“Esse é um programa interinstitucional que atua tanto aqui na UFRR como na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Esse é um momento singular para nós como organizadores e também para a comunidade surda estar em diálogo com a Defensoria Pública, para pensar novas oportunidades e possibilidades de iniciativas e acesso, principalmente às questões com a comunicação, com a linguagem, com o meio de acesso aos direitos humanos dessas pessoas. Espero que a partir desse momento consigamos pensar e executar diversas ações voltadas para esse público”, finalizou.